Fonte: Angop (19/03/2025)
Lubango – O Comando Provincial de Protecção Civil e Bombeiros da Huíla ganhou hoje, quarta-feira, no Lubango, um Centro de Coordenação Operacional (CCO) para reforçar a capacidade de resposta a emergências e desastres e garantir maior e segurança a população.
O novo Centro, financiado pela União Europeia, no âmbito do Programa de Fortalecimento da Resiliência à Seca no Sul de Angola (FRESAN), foi instalado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e dispõe de tecnologia avançada para monitorização e gestão de crises.
O objectivo é permitir uma resposta rápida e eficaz a incêndios, inundações, acidentes e outras situações de risco e garantir uma actuação eficiente dos diversos agentes da Protecção Civil.
O Centro dispõe de uma de ferramentas tecnológicas que vão auxiliar os técnicos a fazer o seu trabalho de com maior dignidade 24 sobre 24 horas, através de equipas especializadas e prontas para actuar em qualquer situação de crise, em coordenação com as administrações locais, com a população e com o centro de coordenação nacional, que está em Luanda.
Em declarações à imprensa, o gestor do Projecto do PNUD na Região Sul, João Neves, realçou que o equipamento tem acesso a um sistema de internet rápida, para aceder a satélites de monitoria, dispõe de sistemas de comunicação via rádio HF, equipamento informático e um servidor de grande capacidade.
Detalhou que nele são recolhidos desde dados climáticos a partir dos grupos locais criados em alguns municípios-alvo, através dos sistemas de alerta rápido que funciona directamente ligado via rádio HF com o Centro de Coordenação Operacional.

Sublinhou que a infra-estrutura da Huíla custou 300 mil dolares de um global de três milhões e 500 mil dolares disponibilizados à reabilitação e apetrechamento do centro no Cunene e a construção do centro do Namibe com respectivos equipamentos e a formação dos técnicos.
Por sua vez a embaixadora da União Europeia em Angola, Rosário Bento País mostrou-se satisfeita com o resultados, pois compensou o esforço dos cinco anos e tem aqui um trabalho feito com muito empenho de toda equipa da Protecção Civil e do Governo da Huíla.
Segundo a diplomata, o Centro Operacional da Protecção Civil representa a possibilidade de fazer a prevenção em relação a todos os efeitos adversos das alterações climáticas ou todos os desastres que possam existir e fazer a prevenção quando há inundações ou seca juntos das comunidades.
Entretanto, o comandante-geral do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros de Angola, comissário-bombeiro principal, Manuel Lutango, considerou que o Centro representa o ganho e uma ferramenta importante para o Sistema de gestão de desastres, que no país funciona desde o nível mais estratégico até ao nível local.
Afirmou que o investimento os ajudou a estender as ramificações que um centro deve ter, como acções de capacitação da população, a criação de brigadas locais que começam a ter informação e métodos de repórter de situações anómalas e que possam levar a eventual desastre ou situação de exposição grave.
De acordo com o oficial superior, o país já tem um centro de coordenação na sede do Comando Nacional do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, operacionalizado há já algumas décadas. BP/MS