Grandes projectos são feitos com grandes pessoas: consulte aqui as oportunidades.
Grandes projectos são feitos com grandes pessoas: consulte aqui as oportunidades.
Ajudamos a identificar, experimentar e disseminar técnicas e práticas agrícolas que melhor se adaptem às condições climáticas na região, nomeadamente as secas recorrentes, aumentando a resiliência das populações.
Rosário Bento Pais
Embaixadora da União Europeia em Angola
Aos 21 anos Maria Limala é facilitadora na ECA Twepwila em Bata-Bata, Huíla. E não podia estar mais orgulhosa do que já produziu, para si e para vender. Vê o que mais nos conta.
O papel fundamental de melhoria e aumento da produção na agricultura, pecuária, silvicultura e pesca através da agricultura familiar está reflectido nas principais iniciativas do Governo de Angola ao longo dos anos.
A estratégia de desenvolvimento de longo prazo de Angola define as prioridades para consolidar a paz e a segurança, fomentar a erradicação da pobreza, promover o emprego digno, justiça para todos, distribuição equitativa da riqueza nacional, economia forte, boa governação, e fornece orientações para a criação de políticas de desenvolvimento sectoriais, que se reflectem no Plano Nacional de Desenvolvimento 2018-2022 e nos planos sectoriais.
Uma das prioridades da política de cooperação para o desenvolvimento da União Europeia é a agricultura sustentável. A maioria das pessoas pobres e subnutridas vive em áreas rurais, onde a agricultura de pequena escala é a espinha dorsal da economia.
O apoio aos pequenos agricultores e o desenvolvimento das áreas rurais ajuda a reduzir a pobreza e estimula o crescimento económico inclusivo e sustentável.
Em defesa de sistemas alimentares mais justos, saudáveis e amigos do ambiente, para que as populações e o planeta se mantenham saudáveis.
Tal envolve uma política com impacto ambiental neutro ou positivo; que ajude a mitigar as mudanças climáticas e se adapte aos seus impactos; reverta a perda de biodiversidade; garanta a segurança alimentar, a nutrição e a saúde pública, assegurando o acesso universal a alimentos suficientes, seguros, nutritivos e sustentáveis; preserve a acessibilidade dos alimentos enquanto gera retornos económicos mais justos, fomentando a competitividade do sector de abastecimento e promovendo o comércio justo.
A Estratégia do Prado ao Prato está no cerne do European Green Deal, o plano da União Europeia para tornar a sua economia sustentável, transformando os desafios climáticos e ambientais em oportunidades, e impulsionando uma transição ecológica na sociedade de forma justa e inclusiva. Esta agenda de transformação económica abrange todas as políticas relacionadas (energia, construção, transportes, indústria, comércio, agricultura, biodiversidade). E mobiliza uma grande variedade de instrumentos: regulamentos e normas, finanças sustentáveis, fiscalidade, educação, investigação, diplomacia, entre outros. O objectivo transversal de tornar a União Europeia neutra em termos de clima até 2050 pode constituir um exemplo para outras nações alinharem as suas estratégias de desenvolvimento em sectores específicos.
Em Angola, o desenvolvimento das comunidades rurais e a revitalização da economia familiar são reconhecidos como fundamentais para o reforço da segurança alimentar e nutricional e da coesão nacional e social; assim como as questões relacionadas com as mudanças climáticas.
O Acordo de Paris foi ratificado pelo Governo de Angola, que reconhece a necessidade de adaptação para reduzir a vulnerabilidade às mudanças climáticas em vários sectores, em particular os da agricultura e da segurança alimentar.
O impacto das mudanças climáticas em Angola causou a redução na produção agrícola, a destruição dos activos produtivos, interrompeu o comércio e o acesso ao mercado.
Financiado pela União Europeia, o FRESAN – Fortalecimento da Resiliência e da Segurança Alimentar e Nutricional em Angola está, neste sentido, a apoiar associações de agricultores na promoção da segurança alimentar no sul do país.
A finalidade é identificar, experimentar e disseminar técnicas e práticas agrícolas que melhor se adaptem às condições climáticas na região, nomeadamente as secas recorrentes, aumentando a resiliência das populações.
O FRESAN – através dos projectos das organizações não governamentais (ONG) subvencionados pelo Camões, I.P. – está a fomentar a criação e o funcionamento de Escolas de Campo de Agricultores (ECA) e de Escolas de Campo Agro-pecuárias (ECAP), onde capacita camponeses para a aplicação de tecnologias e de modelos de produção adaptados às condições climáticas locais. Apoia igualmente a criação de associações e de cooperativas, assim como a capacitação dos seus membros.
No que diz respeito à saúde animal, o FRESAN, via implementação directa do Camões, I.P., está a facilitar o acesso a serviços de veterinária de proximidade, através da formação de tratadores de gado, da distribuição de kits veterinários e de apoio às campanhas anuais de vacinação. Destaque ainda para o apoio e o reforço, no Namibe, da Estação Zootécnica da Cacanda, na qual se prevê o aumento da produção actual de 7,5 toneladas de espécies forrageiras para 340 toneladas na fase final do apoio.
O acesso a água é um factor determinante na capacidade de resiliência das comunidades rurais nas três províncias abrangidas pelo FRESAN e na sua segurança alimentar e nutricional. Num contexto de secas recorrentes, em particular no Cunene, esta é, por isso, uma dimensão estrutural do Programa FRESAN, com um orçamento previsto de mais de 10 milhões de euros.
O FRESAN, através da implementação directa do Camões, I.P. e dos projectos das organizações não governamentais (ONG) subvencionadas, está a construir e a reabilitar infra-estruturas para captação e retenção de água para consumo humano, abeberamento de animais e produção agrícola. As estruturas são adaptadas às zonas de intervenção e às necessidades específicas das várias comunidades.
Dados Camões, I.P. até Maio de 2022
Sistema de Gestão de Informação
89
46
38
5
81.144
Do objectivo inicial de 60.000
23.449
41.426
16.269
2.573
705
1.164
704
24
7
7
9
1
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