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Centro de Coordenação Operacional de Protecção Civil começa a funcionar

Fonte: Jornal de Angola (22/03/2025)

O Centro de Coordenação Operacional de Protecção Civil do Lubango, na província da Huíla, lançado, nesta quinta-feira, vai fortalecer a capacidade institucional e técnica da região em enfrentar os fenómenos extremos relacionados com as alterações climáticas, particularmente os episódios recorrentes de seca.

Instalado no rés-do-chão do edifício do Comando Provincial dos Serviços de Protecção Civil e Bombeiros (SPCB), o Centro possui equipamentos e serviços técnicos modernos que permitem garantir uma gestão integrada, resposta ágil, eficaz e coordenada às situações de emergência climática.

O corte da fita foi feito pelo comandante nacional do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, comissário bombeiro principal Manuel Lotango, ladeado da embaixadora da União Europeia em Angola, Rosário Bento Pais, e do secretário de Estado da Saúde para a área Hospitalar, Leonardo Inocêncio.

O projecto foi financiado pela União Europeia, enquadrado no Programa de Fortalecimento da Resiliência, Segurança Alimentar e Nutricional em Angola (FRESAN), em coordenação com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

Ao intervir no acto, o comandante nacional do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, comissário bombeiro principal Manuel Lotango, disse que o Centro de Coordenação Operacional da província da Huíla representa uma ferramenta muito importante para o sistema de gestão de desastres, que funciona no país, desde o nível mais estratégico até ao nível local.

O nível estratégico é o Conselho Nacional de Protecção Civil, presidido pelo Presidente da República, João Lourenço, integrado por vários ministros. Existe, ainda, uma Comissão Nacional de Protecção Civil, coordenada pelo ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente da República, coadjuvado pelo ministro do Interior e, dali para baixo, o sistema operacional.

Manuel Lotango considera que o Centro de Coordenação Operacional vai permitir aos agentes de Protecção Civil colher dados e preparar informações antes, durante e pós desastres e indicar os níveis de alerta para um fenómeno específico para a tomada de medidas.

O responsável explicou que o Centro funciona com agentes do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, do INAMET, da Saúde e de outros departamentos afins, que têm a missão de informar às brigadas e às administrações locais sobre situações anómalas ou desastres, em coordenação com o Centro Nacional, em Luanda.

O comandante nacional do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros reconheceu que, a nível das demais províncias do país, ainda não se atingiu o mesmo grau de modernização com tecnologia de ponta. “Trabalha-se em condições difíceis, mas o passo dado na Huíla vai permitir fornecer dados numa velocidade mais adequada ao contexto”, garantiu.

“O Sistema de Protecção Civil nunca desistiu das suas responsabilidades em relação às situações de alteração climática e vai sempre melhorar a procura. A nível do país, cada província já identificou as zonas de vulnerabilidade, quanto a eventuais ocorrências naturais adversas e conhece a capacidade de resposta em cada ponto do nosso território”, sublinhou.

União Europeia

A embaixadora da União Europeia em Angola, Rosário Bento Pais, informou que o Centro de Coordenação de Protecção Civil, através de equipamento informático moderno, poderá fazer a recolha de dados para prever situações de inundações, seca e outros fenómenos naturais adversos e, em tempo útil, avisar às comunidades.

“Agora, a Huíla possui um Centro de Coordenação de Protecção Civil com equipamento moderno para a recolha e tratamento de dados e, assim, poder alertar às populações em caso de risco de inundação ou seca que possa afectar a agricultura ou a vida das comunidades”, sublinhou.

Quanto à capacidade técnica do corpo de bombeiros, Rosário Bento Pais explicou que os quadros das três províncias onde o FRESAN actua, nomeadamente Huíla, Namibe e Cunene beneficiam de formação que lhes permite operar, de forma eficaz, os meios técnicos disponíveis.

A embaixadora da União Europeia em Angola mostrou-se satisfeita com a capacidade tecnológica do novo Centro de Coordenação Civil do Lubango. “Estou satisfeita, realmente compensado pelo esforço destes cinco anos, e agora estão criadas as condições para o acesso à base de dados da província, criação e impressão de mapas de áreas de risco, através do uso de satélites, sensores remotos e outros, utilizando o Sistema de Informação Geográfica (SIG)”, referiu.

  Programa FRESAN

O Programa de Fortalecimento da Resiliência e da Segurança Alimentar e Nutricional em Angola (FRESAN) tem como objectivo contribuir para a redução da fome, da pobreza e da vulnerabilidade à insegurança alimentar e nutricional nas províncias, do Sul do país mais afectadas pelas alterações climáticas, Cunene, Huíla e Namibe.

Financiado pela União Europeia, o FRESAN é co-gerido parcialmente pelo Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P., pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e pelo Vall d’Hebron.

Tem enfoque no fortalecimento da agricultura familiar sustentável, na melhoria da situação nutricional da população, no acesso à água, na adaptação às alterações climáticas, no reforço dos sistemas de informação sobre segurança alimentar e nutricional e no apoio ao desenvolvimento de capacidade nas instituições.

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