Grandes projectos são feitos com grandes pessoas: consulte aqui as oportunidades.

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Governo transforma grupos de agricultores isolados em Escolas de Campo

Fonte: Angop (13/02/2025)

Lubango – Pelo menos 14 grupos de pequenos agricultores, criados em finais de 2024 na província da Huíla, estão em pré-validação para transformá-los em Escolas de Campo Agrícolas (ECA), a fim de fortalecer as técnicas de cultivo das famílias.

A iniciativa do Ministério da Agricultura em parceria com programa de Fortalecimento da Resiliência  e da Segurança Alimentar  e Nutricional em Angola (FRESAN) está a ser implementado nas províncias da Huíla, Namibe e Cunene.   

Trata-se de grupos de 25 a 30 agricultores dos municípios do Lubango, Chibia, Jamba e Cuvango que estão, desde a última terça-feira, a ser visitados para o processo de avaliação e validação das ECA, até ao fim desta semana.

As potenciais ECA surgem da replicação de conhecimentos, após formação em Dezembro de 2024, de técnicos das províncias da Huíla, Namibe e Cunene, em métodos de plantação, rega, uso de insecticidas e verificação do clima, entre outras técnicas para criação das mesmas.  

Ao falar à ANGOP hoje, quinta-feira, nesta cidade, após uma visita de avaliação e validação ao grupo da comuna da Quilemba, no Lubango, o técnico do IDA, Cristóvão Neto, explicou que o conhecimento adquirido na formação dos formadores está agora a ser replicado nas comunidades das três províncias.

O também supervisor do processo reforçou que para os técnicos terem o título de “formador”, cada um tem de ter duas escolas de campo modelo, que demonstrem que o mesmo recebeu e conseguir transmitir de forma eficiente os conhecimentos ministrados na formação.

Fez saber que só a nível da Região Sul, nas três províncias abrangidas, a ideia é que em cada município tenham 40 escolas de campo, numa iniciativa financiada pelo FRESAN e o IDA aparece como a assistência técnica.

A principal finalidade, segundo a fonte, é que as famílias agrícolas consigam aprender a fazer, praticando, e só é possível dentro da metodologia, onde o técnico aplica aquilo que tem como conhecimento e as comunidades conseguem assimilar  e replicar o saber nas suas lavras para terem maior produtividade.

“As famílias estão a aprender a como preparar a terra, semear com os compassos adequados, fazer os tamanhos culturais, conta-cultura, o rendimento provável que pode ter e ir até à comercialização, para não terem problemas de fome”, manifestou.

Ressaltou que pelos grupos visitados, a comunidade está a aderir à iniciativa, notando-se vontade de trabalhar para melhorar a produção.

A província da Huíla conta com, pelo menos, 960 ECA constituídas, destas 740 apoiadas pelo Projecto de Desenvolvimento da Agricultura Familiar e Comercialização  (SAMAP), 195 pelo Projecto de Transformação da Agro-pecuária Familiar de Angola (MOSAP) e 25 pelo FRESAN.

Para além destas existem ainda algumas apoiadas pela Acção para o Desenvolvimento Rural e Ambiente (ADRA), World Vision entre outras organizações não governamentais, no âmbito do desenvolvimento comunitário.

EM/MS

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