Fonte: Angop (29/06/2023)
Lubango – O Camões- Instituto da Cooperação E da Língua, I.P, submeteu à União Europeia uma proposta de adenda, que prevê a extensão do Programa de Fortalecimento da Resiliência e da Segurança Alimentar e Nutricional em Angola(FRESAN) até Agosto de 2025, em função dos resultados positivos obtidos e que podem ser replicados.
O programa FRESAN é uma iniciativa conjunta com o Governo de Angola para reduzir a fome, a pobreza e a vulnerabilidade das comunidades afectadas pela seca no Sul do país, mais precisamente nas províncias da Huíla, Namibe e Cunene.
É implementado pelo Camões/Instituto da Cooperativa e da Língua, Instituto Público, pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura(FAO), pelo programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e pelo Instituto de Pesquisa Científica Vall d´Hebro.
Conta com um financiamento da União Europeia de 65 milhões de euros para o período entre 2018 a 2024, que estão a ser gastos em projectos virados a promoção de e o fortalecimento da agricultura familiar sustentável e na melhoria da situação nutricional da população.
Trabalha, igualmente, na facilitação do acesso à água potável, na adopção às alterações climáticas, no reforço dos sistemas de informação sobre a segurança alimentar e nutricional, assim como no apoio ao desenvolvimento de capacidades nas instituições.
Segundo o embaixador de Portugal em Angola, Francisco Duarte, na 7ª reunião do Comité Director do Programa FREASAN, que decorreu hoje, quinta-feira, na cidade do Lubango, província da Huíla, a necessidade desta extensão do período surge pelos resultados relevantes para a Segurança Alimentar e Nutricional das comunidades.
Destacou que o FRESAN, num trabalho conjunto e articulado com o Governo de Angola e os seus institutos públicos directamente envolvidos, concluíram que é preciso reforçar o seu foco na continuidade e sustentabilidade das acções já desenvolvidas.
Sublinhou que a formalização da proposta de adenda carece de uma decisão técnica a ser validada na presente reunião, em que, resultado de um trabalho técnico entre a equipa do projecto e o Instituto de Serviços Veterinários, se propõe o reajuste do reforço à sanidade animal, através da reabilitação e construção de infra-estruturas veterinárias, em detrimento da reactivação de farmácias veterinárias.
Reiterou o compromisso de Portugal no sucesso do FRESAN, sobretudo agora, num contexto económico difícil em Angola, ser mais do que nunca, o momento de todos os parceiros do projecto redobrarem os seus esforços neste trabalho solidário, tendo como foco a continuidade e sustentabilidade das acções desenvolvidas. BP/MS