Fonte: ANGOP (27/01/2023)
UE reforça financiamento para recolha e tratamento do lixo
Jeannete Seppen, Joaquina Bento
Lubango – A União Europeia (UE) vai financiar, a partir de 2025, 900 mil euros, destinados ao reforço do programa de recolha e tratamento dos resíduos sólidos nas províncias da Huíla e do Namibe.
Em 2021, a UE disponibilizou mais de 300 mil euros, dos 900 mil até 2024, destinados ao projecto, cujas iniciativas foram implementadas pelas ONG Epongoloko (Huíla) e Três R (Namibe) e que trabalham com 200 captadores na recolha e tratamento do lixo.
As referidas organizações desenvolvem ainda acções de sensibilização para a cultura de depósito do lixo em locais apropriados e a diminuição do seu impacto ao meio ambiente nas duas províncias.
A informação foi avançada à ANGOP, esta quinta-feira, no Lubango, pela embaixadora da UE, Jeannette Seppen, referindo que o financiamento surge em virtude de existir muita produção de lixo em Angola, quer a beira das praias, lagoas ou ainda defronte algumas residências
Declarou que a União Europeia dispõe de verbas para apoiar projectos idênticos em outras regiões do país, desde que manifestem interesse para o fazê-lo, pois a situação que tem causado a poluição visual, do solo, do ar e do lençol freático.
Segundo Jeannette Seppen, as aglomerações de lixo constituem um atentado à saúde pública, em função da sociedade tida de consumista e frito disso tem causado ainda problemas ambientais que afectam as populações.
“O lixo urbano que pode ser de origem ambiental, hospitalar e industrial, deve estar, imediatamente, fora do alcance das pessoas”, reforçou.
A diplomata valorizou o melhoramento do saneamento básico na cidade do Lubango e encorajou o Governo a prosseguir com as medidas de recolha de e tratamento do lixo.
Jeannette Seppen que esteve de visita de dois dias à Huíla, durante a sua estada manteve um encontro de cortesia com o governador da Huíla, Nuno Mahapi, visitou o projecto “Desperdício Zero” da ONG nacional “Epolongoloko” e o Programa de Fortalecimento da Resiliência, Segurança Alimentar e Nutricional em Angola (FRESAN).