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Campanha nacional de vacinação bovina reforça medidas sanitárias e vai permitir estudo por região

Fonte: Ver Angola (06/06/2022)

Campanha nacional de vacinação bovina reforça medidas sanitárias e vai permitir estudo por regiãoCom a previsão de três meses de duração, está em andamento a Campanha Nacional de Vacinação Bovina, que teve início a 2 de Maio, na província da Huíla, município de Caluquembe.A Campanha Nacional de Vacinação Bovina apresenta-se como uma actividade que o Ministério da Agricultura realiza por intermédio do Instituto dos Serviços de Veterinária, em parceria com os governos provinciais, que delegam as administrações municipais.As províncias da Huíla, Cunene e Namibe destacam-se por possuírem o maior número de efectivo animal. Huíla com 1.270.000, Cunene com 1.250.000, e Namibe 600.000 cabeças de gado. Nessa região a campanha é apoiada pelo Programa FRESAN/Camões I.P., financiado pela União Europeia através da aquisição de equipamentos para o armazenamento e conservação das vacinas, de forma a garantir uma rede de frio que permita salvaguardar as características iniciais para assegurar a imunidade. Neste momento, foram vacinadas mais de 300.000 cabeças de gado na região sul, refere um comunicado remetido ao VerAngola.Segundo Henrique Gimi, Director do Instituto dos Serviços de Veterinária (ISV), a cooperação com o FRESAN é necessária. “Tem sido útil de várias maneiras, principalmente na rede de frio: uma componente indispensável na conservação de vacinas. Sem uma rede de frio funcional seria muito difícil levar as vacinas pelos municípios”, afirmou.Com a finalidade de imunizar o efectivo animal, prevenir a disseminação de doenças e minimizar prejuízos económicos e nutricionais, esta campanha de vacinação massiva permite ter um melhor domínio no que toca à saúde bovina.“Embora os criadores de gado tradicional usem o sistema expansivo e o sector empresarial o intensivo, os serviços veterinários garantem sanidade animal para todos os criadores de gado.Como sabemos, o gado percorre grandes distâncias e quase não há delimitação nas zonas de pastagem, o que implica que o gado acaba por se misturar. A vacinação massiva serve para imunizar todo o gado e garantir a irradicação de factores que servem de intermediários na transmissão de doenças”, garantiu Henrique Gimi, director do ISV.As vacinas aplicadas são direccionadas fundamentalmente para a pleuropneumonia contagiosa, carbúnculo hemático, carbúnculo sintomático e dermatite nodular, que têm sido a causa de morte de um número considerável do gado nacional, explica ainda o documento.Além da campanha de vacinação bovina, está a ser efectuada a recolha de amostras para um estudo veterinário que determinará a distribuição específica das enfermidades para cada região. Com os resultados desse estudo será produzido um mapa de controlo sanitário, onde constarão considerações e recomendações oficiais para as vacinas necessárias e para o tratamento das doenças por cada região.