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Campanha massiva de vacinação bovina reforça sanidade

Fonte: ANGOP (04/05/2022)

Lubango – A Campanha Nacional de Vacinação Bovina, lançada a dois de Maio, no município de Caluquembe, província da Huíla, já atingiu mais de 300 mil bovinos e está a reforçar as medidas de sanidade animal na região Sul de Angola.

Com duração de três meses, a campanha é realizada pelo Ministério da Agricultura, através do Instituto dos Serviços de Veterinária, em parceria com os governos provinciais, que delegam a responsabilidade às administrações municipais.

As províncias da Huíla, Namibe e Cunene destacam-se por possuírem o maior número de efectivo animal. A Huíla com 1.270.000, o Cunene, 1.250.000 e o Namibe, 600.000 cabeças de gado.

Nessa região, a campanha é apoiada pelo Programa Fortalecimento da Resiliência e da Segurança Alimentar e Nutricional (FRESAN), através do Instituto Camões, num financiamento da União Europeia, com a aquisição de equipamentos para o armazenamento e conservação das vacinas.

Segundo o director do Instituto dos Serviços de Veterinária (ISV), Henrique Gimi, a cooperação com o FRESAN é necessária, argumentando que “tem sido útil de várias maneiras, principalmente na rede de frio, uma componente indispensável na conservação de vacinas”.

Com a finalidade de imunizar o efectivo animal, prevenir a disseminação de doenças e minimizar prejuízos económicos e nutricionais, a campanha de vacinação massiva permite ter um melhor domínio no que toca a saúde bovina, segundo a fonte.

“Disse que embora os criadores de gado tradicional usem o sistema expansivo e o sector empresarial o intensivo, os serviços veterinários garantem sanidade animal para todos os criadores de gado.

“Como sabemos, o gado percorre grandes distâncias e quase não há delimitação nas zonas de pastagem, o que implica que o gado acaba por se misturar. A vacinação massiva serve para imunizar todo o gado e garantir a erradicação de factores que servem de intermediários na transmissão de doenças”, afirmou Henrique Gimi.

As vacinas aplicadas, sublinhou, são direccionadas fundamentalmente para a pleuropneumonia contagiosa, carbúnculo hemático, sintomático e a dermatite nodular, que têm sido a causa de morte de um número considerável da população animal.

Fez saber que além da campanha está também a ser feita a recolha de amostras para um estudo veterinário que determinará a distribuição específica das enfermidades para cada região, cujos resultados produzirão um mapa de controlo sanitário em que constarão considerações e recomendações oficiais para as vacinas necessárias e o tratamento das doenças por cada região.

A União Europeia financia o Programa Fortalecimento da Resiliência e da Segurança Alimentar e Nutricional (FRESAN) em Angola com 65 milhões de euros, desde 2018 até 2024.

Trata-se de uma iniciativa conjunta com o Governo angolano para reduzir a fome, pobreza e vulnerabilidade das comunidades afectadas pela seca nas províncias do Cunene, da Huíla e do Namibe.