Fonte: ANGOP (04/05/2022)
Chibia – Trinta e sete camponeses da comuna do Jau, no município da Chibia, na província da Huíla, concluíram hoje, quarta-feira, a primeira formação sobre novas técnicas da agricultura, promovida pela sua Escola de Campo.
As novas técnicas de produção introduzidas pelas Escolas de Campo têm a ver conhecimentos sobre os factores de produção agrícola, reforço das capacidades produtivas agro-pecuárias, orientado para a introdução de culturas resistentes à seca, combate de pragas e maneio e sanidade animal, bem como sistemas de irrigação.
Essas escolas fazem parte da componente da agricultura familiar sustentável, gerida pelo Instituto Camões, que já instalou 138 Escolas de Campo Agrícola (ECA), beneficiando directo de sete mil 136 camponeses, sendo mil 486 no Cunene, quatro mil 222 na Huíla e mil 428 no Namibe. Na Huíla, com essas técnicas já estão cultivados 122 hectares.
O projecto é financiado pela União Europeia, através do FRESAN/Instituto Camões e FAO, cujo objetivo é formar agricultores, para que conheçam e apliquem as melhores as técnicas de produção e obtenham maior safra agrícola, segundo a directora municipal da Agricultura da Chibia, Adelaide Armando.
Para a responsável, trata-se de uma acção “bem pensada” que começou a ser executada em 2020 e que já produz resultados nas zonas por onde passou, pois as técnicas ajudam a travar a propagação de pragas, dado espaçamento entre as colunas de culturas.
Por sua vez, a embaixadora da União Europeia em Angola, que está na Huíla, Jeannette Seppen, fez saber que esse projecto é necessário para a melhoria da produção da agricultura familiar, mas alertou para a necessidade de aplicar a paciência.
Ressaltou que os ganhos já são visíveis e há empenho dos visados, que na sua maior parte está a aplicar bem os conhecimentos, uma vez que têm o suporte de técnicos do Instituto de Desenvolvimento Agrário.
Na presente campanha agrícola, o apoio disponibilizado até ao momento, através das ONG subvencionadas pelo FRESAN/Instituto Camões baseou-se na disponibilização de sementes, fertilizantes e ferramentas agrícolas, beneficiando 5.350 famílias.
A União Europeia financia o Programa de Fortalecimento da Resiliência e da Segurança Alimentar e Nutricional em Angola (FRESAN) com 65 milhões de euros no período de 2018-2024.
O Instituto Camões é responsável pela gestão de 48,6 milhões de Euros para 19 projectos de ONG´s internacionais e nacionais que implementam acções no âmbito da água, nutrição e agricultura familiar, apoio às campanhas de vacinação bovina, formação de técnicos de saúde em nutrição e supervisão de Unidades Especiais de Nutrição, entre outras.