Grandes projectos são feitos com grandes pessoas: consulte aqui as oportunidades.

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Camões, I.P. apresenta análise sobre vulnerabilidade e segurança alimentar e nutricional

Cerca de 49% da população no Cunene, na Huíla e no Namibe enfrentou uma situação de insegurança alimentar aguda alta entre Julho e Setembro de 2021, o que carece de uma intervenção urgente, de acordo com os resultados do inquérito à segurança alimentar e nutricional e da análise da resiliência no Sul de Angola. As conclusões, apresentadas pelo Camões, I.P. a 21 de Outubro no Lubango, província da Huíla, permitem prever um agravamento da situação até Março de 2022, com 58% da população a enfrentar uma situação de insegurança alimentar aguda alta.

O evento reuniu altos representantes do Governo de Angola, financiadores e principais intervenientes, bem como especialistas na área da segurança alimentar e nutrição e resiliência para discutir as principais conclusões, que vão permitir adoptar decisões estratégicas para mitigar a situação de insegurança alimentar nas províncias do Cunene, da Huíla e do Namibe.

Os dados apresentados resultam da análise da Classificação Integrada das Fases de Insegurança Alimentar (IPC) e de desnutrição aguda. As evidências disponíveis revelam que a seca recorrente tem vindo a agravar-se, deteriorando as condições de vida da população residente nas zonas afectadas. Os níveis altos de insegurança alimentar aguda nos agregados familiares em determinados municípios; a falta de acesso adequado a água potável, a cuidados e práticas alimentares inadequadas; a moderada cobertura de vacinação contra o sarampo; a ingestão alimentar inadequada em crianças; e a elevada prevalência de crianças com sinais de doença infecciosa são outros factores relevantes que contribuem para a situação de insegurança alimentar.

O Camões, I.P. apresentou ainda as principais medidas e intervenções que está a implementar no terreno para contribuir para o aumento da resiliência e produção de agricultura familiar sustentável, para a melhoria da nutrição e do acesso a água, e para o reforço institucional e a gestão da informação multissectorial, no sentido de mitigar a situação de insegurança alimentar e nutricional face às recomendações da análise IPC apresentada.

Fonte: Camões, I.P. (13-12-2021)