Brenda Cufuna
A União Europeia (UE) disponibilizou 65 milhões de euros para financiar o programa de Fortalecimento da Resiliência e da Segurança Alimentar e Nutricional em Angola (FRESAN), que já beneficiou até o momento 120 famílias nas províncias do Cunene, Huíla e Namibe.
Lançado em 2018, numa iniciativa conjunta do Governo de Angola e da UE, o programa que visa reduzir a fome, a pobreza e a vulnerabilidade das comunidades nas três províncias mais afectadas pela seca no sul do país, está a 10% de execução.
Os dados foram avançados pelo adido da cooperação e gestor de projecto na delegação da União Europeia em Angola, Danilo Barbero, durante a apresentação do projecto, que decorreu recentemente na província da Huíla, onde reforçou que o FRESAN visa fortalecer as comunidades e as instituições locais, assim como dar respostas concretas aos desafios impostos pelas alterações climáticas às populações.
O projecto pretende apoiar mais de 600 mil famílias, numa estimativa de 30% dos agregados familiares, afectadas pela seca nas províncias da Huíla, Namibe e do Cunene, bem como formar 60 mil mulheres para melhorar a nutrição das crianças, nas respectivas regiões, até 2024.
Um comunicado do projecto a que a FORBES teve acesso, explica que na província do Cunene, por exemplo, serão beneficiados os municípios da Cahama, Cuanhama, Curoca, Cuvelay, Namacunde e Ombadja, enquanto na Huíla serão abrangidos os municípios da Cacula, Caluquembe, Chiange, Chibia, Chicomba, Humpata, Jamba, Kuvango, Matala, Quilengues e Quipungo. Já no Namibe, Bibala e Tômbua serão os municípios contemplados.
A implementação do FRESAN conta ainda com a parceria do Instituto da Cooperação e da Língua de Portugal (Camões), Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), bem como do Vall d’Hebron Barcelona Hospital Campus, de Espanha.
Com mais de 30 anos de cooperação com Angola, a União Europeia é considerada o maior doador do país, estando a apoiar o desenvolvimento através do financiamento de projectos nos mais diversos sectores de actividade. O combate à pobreza e a protecção do ambiente constituem prioridades da organização na cooperação com terceiros.
Fonte: Forbes (24/05/2021)