Fonte: O País (20/05/2021)
O Fortalecimento da Resiliência e da Segurança Alimentar e Nutricional em Angola (FRESAN), um programa que surge da parceria entre a União Europeia e Angola, abrange cerca de 600 mil famílias, numa estimativa de 30% dos agregados familiares, nas províncias do Cunene, da Huíla e do Namibe. E deverá alcançar 60 mil mulheres com informação para a melhoria da nutrição das suas crianças e famílias.
Inserido na parceria bilateral entre a União Europeia e Angola, o Programa FRESAN, é financiado com 65 milhões de euros pela União Europeia entre 2018 e 2024. Esta iniciativa conjunta com o Governo de Angola tem como objectivo reduzir a fome, a pobreza e a vulnerabilidade das comunidades nas três províncias mais afectadas pela seca no sul do país.
Manuela Navarro, chefe de cooperação da Delegação da União Europeia em Angola, diz que o FRESAN “tem de assegurar sustentabilidade e perenidade”, enquanto dá “protagonismo às organizações não-governamentais, para que no fim do programa estas assegurem a sua sustentabilidade”. O FRESAN é implementado em parceria com o Camões (Instituto da Cooperação e da Língua, de Portugal), as Organizações das Nações Unidas em Angola: a FAO, o PNUD-Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, bem como o Vall d’Hebron Barcelona Hospital Campus, de Espanha.
Nas três províncias onde será implementado vai abranger um total de seis municípios do Cunene (Cahama, Cuanhama, Curoca, Cuvelai, Namacunde, Ombadja); 11 da Huíla (Cacula, Caluquembe, Chiange, Chibia, Chicomba, Humpata, Jamba, Kuvango, Matala, Quilengues, Quipungo e três do Namibe (Bibala, Tômbwa, Virei). São, no total, nove projectos em curso.